O PELOURINHO
Boletín de Relaciones Transfronterizas
Estragos da Guerra. Refugiados espanhóis em Portugal durante a Guerra Civil e Pós-guerra inmediato. Solidariedade e vida na Raia.
Moisés Cayetano Rosado [Director]
Badajoz, Diputación Provincial, 2020, nº 24 (2ª
época), 285 págs.
En la
presente entrega, que se centra en analizar el destino de los exiliados
españoles en Portugal que recibieron la solidaridad del pueblo portugués y
fueron acosados sin tregua por todas las policías salazaristas, colaboran
catorce estudiosos: Manuel Loff (“O
drama dos refugiados e das populaçôes raianas”), Fábio Faria (“Refugiados em Portugal. Repressão e controlo no
contexto da Guerra Civil de Espanha (1936-1939)”), Maria Fernanda Sande Candeias (“O outro lado da frontera –Memória
de espaços, imagens e diálogos a propósito da Guerra Civil”), Dulce Simôes (“A construção da memoria pública
dos refugiados da Guerra Civil española”), Luís
Cunha (“A guerra tambén foi nossa: memorias raianas da Guerra Civil española”),
Rui Rosado Vieira (“Refugiados da
Guerra Civil de Espanha em Campo Maior”), Moisés
Alexandre Antunes Lopes (“Refugiados espanhóis em Portugal (1936-1938)”), Ángel Rodríguez Gallardo (“Exialiados y refugiados gallegos en
Portugal desde la Guerra Civil española”), Carolina
Henriques Pereira (“A presença de refugiados espanhóis nas Caldas da Rainha
durante e após a Guerra Civil de Espanha (1936-1950)”), Clara Sanz Hernando (“La matanza de Badajoz en las crónicas
portuguesas: sangre, fuego y censura”), Eduardo
César (“A guerra dos espanhóis”), Paula
Godinho (“Fronteira e cultura de orla: grupos sociais e mudança social na frontera entre Chaves e Verin”) y Moisés Cayetano Rosado (“Refugiados
españoles. Entre la tragedia y la solidaridad”).
Reproducimos un fragmento del artículo de Fábio Faria que habla de los
destinos de los republicanos españoles, alguno no tan lejano de la frontera con
España.
“A par do
Forte de Caxias, o Forte da Graça e a Fortaleza de São Julião da Barra, em
Lisboa, foram otros dos espaços que contaram com o encarceramento de um
considerável número de refugiados republicanos. De acordo com César Oliveira,
passaram por estes presídios, pelas delegações e prisões da PVDE e pelas
unidades militares mais de 2000 refugiados espanhóis, a maioria dos quais eran militares
e carabineiros. Ao longo de Agosto de 1936 verificou-se um aumento do número de
espanhóis detidos no Forte de Caixas e em prisôes militares. Assim, a partir de
9 de Agosto, muitos dos militares republicanos que se encontravam em Portugal
passaram a ficar detidos en Caixas e no Forte da Graça. Em setembro de 1936
encontravam-se detidos 136 refugiados espanhóis no Forte da Graça, o que,
juntando aos 148 militares já existentes, perfazia um total de 284
prisioneiros. No entanto, a capacidade máxima dest presídio era de 200 presos.
O problema de sobrelotação do Forte da Graça preocupou as autoridades portuguesas
nos primeiros momentos da Guerra Civil de Espanha, sobretudo debido ao perigo
que o regime salazarista acreditava que podía resultar do contacto dos
refugiados espanhóis com os soldados portugueses”. [p. 51].
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