miércoles, 11 de noviembre de 2020

O Pelourinho

 

O PELOURINHO

Boletín de Relaciones Transfronterizas

Estragos da Guerra. Refugiados espanhóis em Portugal durante a Guerra Civil e Pós-guerra inmediato. Solidariedade e vida na Raia.

Moisés Cayetano Rosado [Director]

Badajoz, Diputación Provincial, 2020, nº 24 (2ª época), 285 págs.

    Dirigido por Moisés Cayetano Rosado, el presente número de O Pelourinho viene a cerrar una trilogía centrada en las circunstancias vividas por los dos países durante las décadas marcadas por el paso lento y represivo de las dos dictaduras ibéricas: Exilio, Emigração e Repressão na Raia Luso-Espanhola / Exilio, emigración y represión en la Raya luso-española (nº 22, 2918) y Lugares da Repressão nas Ditaduras Ibéricas /Víctimas y lugares de la represión en las dictaduras ibéricas (nº 23, 2019).

   En la presente entrega, que se centra en analizar el destino de los exiliados españoles en Portugal que recibieron la solidaridad del pueblo portugués y fueron acosados sin tregua por todas las policías salazaristas, colaboran catorce estudiosos: Manuel Loff (“O drama dos refugiados e das populaçôes raianas”), Fábio Faria (“Refugiados em Portugal. Repressão e controlo no contexto da Guerra Civil de Espanha (1936-1939)”), Maria Fernanda Sande Candeias (“O outro lado da frontera –Memória de espaços, imagens e diálogos a propósito da Guerra Civil”), Dulce Simôes (“A construção da memoria pública dos refugiados da Guerra Civil española”), Luís Cunha (“A guerra tambén foi nossa: memorias raianas da Guerra Civil española”), Rui Rosado Vieira (“Refugiados da Guerra Civil de Espanha em Campo Maior”), Moisés Alexandre Antunes Lopes (“Refugiados espanhóis em Portugal  (1936-1938)”), Ángel Rodríguez Gallardo (“Exialiados y refugiados gallegos en Portugal desde la Guerra Civil española”), Carolina Henriques Pereira (“A presença de refugiados espanhóis nas Caldas da Rainha durante e após a Guerra Civil de Espanha (1936-1950)”), Clara Sanz Hernando (“La matanza de Badajoz en las crónicas portuguesas: sangre, fuego y censura”), Eduardo César (“A guerra dos espanhóis”), Paula Godinho (“Fronteira e cultura de orla: grupos sociais e mudança social  na frontera entre Chaves e Verin”) y Moisés Cayetano Rosado (“Refugiados españoles. Entre la tragedia y la solidaridad”).

   Reproducimos un fragmento del artículo de Fábio Faria que habla de los destinos de los republicanos españoles, alguno no tan lejano de la frontera con España.

 

   “A par do Forte de Caxias, o Forte da Graça e a Fortaleza de São Julião da Barra, em Lisboa, foram otros dos espaços que contaram com o encarceramento de um considerável número de refugiados republicanos. De acordo com César Oliveira, passaram por estes presídios, pelas delegações e prisões da PVDE e pelas unidades militares mais de 2000 refugiados espanhóis, a maioria dos quais eran militares e carabineiros. Ao longo de Agosto de 1936 verificou-se um aumento do número de espanhóis detidos no Forte de Caixas e em prisôes militares. Assim, a partir de 9 de Agosto, muitos dos militares republicanos que se encontravam em Portugal passaram a ficar detidos en Caixas e no Forte da Graça. Em setembro de 1936 encontravam-se detidos 136 refugiados espanhóis no Forte da Graça, o que, juntando aos 148 militares já existentes, perfazia um total de 284 prisioneiros. No entanto, a capacidade máxima dest presídio era de 200 presos. O problema de sobrelotação do Forte da Graça preocupou as autoridades portuguesas nos primeiros momentos da Guerra Civil de Espanha, sobretudo debido ao perigo que o regime salazarista acreditava que podía resultar do contacto dos refugiados espanhóis com os soldados portugueses”. [p. 51].

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